A Turnê das Ilusões

Para escalar as montanhas das minhas ilusões

Levo vários balões de oxigênio, e descanso

Armando acampamento em um pulsar

Guardando sóis em sua monstruosidade

E depois do almoço eu vou morrer

Para nascer em uma supernova

E não pentearei mais meus cabelos

Ficarei descansando os pés em uma poltrona lilás

Cantarei no fim da tarde com todos os pássaros

E vou deixar uma resposta ao carteiro espacial

Que espera em um engarrafamento de cometas

Os vocábulos surdos de um bardo envelhecido

Ah! Se os tempos andassem de volta

Seguiria nessa roda gigante com asas coloridas

E deixaria todos os tapetes pendurados no quintal

Só para contar as pulgas e as linhas entrelaçadas

Enfim vou morar em uma caverna e me esconder do sol

Pois os tempos estão trancados nas ampulhetas

Onde desbotaram as areias coloridas do infinito

E o vento não passa mais trazendo as boas novas

Resta somente um trago alucinado de um moribundo vagabundo