E SE...

E se não foi a intuição,
mas um engano do coração
obstinado apenas pela razão?

O que te dirás no futuro
por teres sido inseguro?

Cobrarás, então, a fantasia
do teu desejo de ver o dia
amanhecendo a estrela tardia?

Seria apenas um acidente,
um simples encontro, inocente?

Ou seria a dor latejante
da alma em busca do instante
esperado, o peito ofegante.

Por fim, diante do amor possível,
do universo, da hora, do sensível.

E tudo então teria tido
uma razão de existir, medido
na extensão do amor prometido.

Muito antes de qualquer existência.
Ah! meu coração, tenha paciência!

Viva antes, morra depois!
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 28/05/2012
Reeditado em 27/07/2014
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