E SE...
E se não foi a intuição,
mas um engano do coração
obstinado apenas pela razão?
O que te dirás no futuro
por teres sido inseguro?
Cobrarás, então, a fantasia
do teu desejo de ver o dia
amanhecendo a estrela tardia?
Seria apenas um acidente,
um simples encontro, inocente?
Ou seria a dor latejante
da alma em busca do instante
esperado, o peito ofegante.
Por fim, diante do amor possível,
do universo, da hora, do sensível.
E tudo então teria tido
uma razão de existir, medido
na extensão do amor prometido.
Muito antes de qualquer existência.
Ah! meu coração, tenha paciência!
Viva antes, morra depois!
E se não foi a intuição,
mas um engano do coração
obstinado apenas pela razão?
O que te dirás no futuro
por teres sido inseguro?
Cobrarás, então, a fantasia
do teu desejo de ver o dia
amanhecendo a estrela tardia?
Seria apenas um acidente,
um simples encontro, inocente?
Ou seria a dor latejante
da alma em busca do instante
esperado, o peito ofegante.
Por fim, diante do amor possível,
do universo, da hora, do sensível.
E tudo então teria tido
uma razão de existir, medido
na extensão do amor prometido.
Muito antes de qualquer existência.
Ah! meu coração, tenha paciência!
Viva antes, morra depois!