GOTAS DE MAR...

No giro de uma brisa o mar assistiu a angústia

Dos meus devaneios

Cerrei os olhos ao meu contemplar...

Gaivotas voaram à minha volta... Mas eu não as vi!

Como voltar no tempo se o tempo não volta...

E eu permaneço sentada nesta areia tão fria...

Quisera eu poder recomeçar do nada

Guardar na memória apenas os sonhos

Aqueles sonhados nos ditosos dias...

Quanto tempo perdeu-se na minha vida!

Viajando sem barco e leme... Minha insígnia

Espada cravada no peito... A derramar sangria...

São espumas... Gotas de mar!

Ó Mar leva a amargura deste coração!

Que mal foi este que fiz a quem tanto amei

por que o rancor de um sabor amargo

penoso e gélido vestido com véu

De prolixas mágoas?

E um sopro do vento responde às minhas súplicas

Espalhando as nuvens escuras e

No horizonte um rubro sol volta a cintilar...