O cavalo negro

Perto da árvore

Negra que compunha

Minha família

Um homem doce

E alegre me chamava

De filho: eu ria,

Outras vezes, esse homem

Se aproximava mais um pouco

Da árvore negra e me batia.

E foi se o tempo de idas

E vindas, a árvores envelhecia

E eu entrava e saia, conforme

O homem doce e alegre que

Em me se via...

Um dia, no final roxo

Que o céu adquire diante

Da dor, eu experimentei

Uma coragem, e sair

De perto da árvore

Escura que compunha

A minha família...

O homem doce e alegre

Montou seu cavalo cego,

Bateu forte e esporou o animou

Até chagas aparecerem,

Nesse caminho de fuga,

O mundo de trevas e agonia

Se dissolvia no berro infeliz

Que o animal fazia...

Era a dor presa, desviada

De seu perdão. O cavalo

Se foi, subiu a montanha

Do céu, com seu cavaleiro

Alegre e bondoso, carregado!

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 28/05/2012
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