conviver
Quando minha gente
Estiver de barriga cheia
Quando toda criança
Puder rir, amar, brincar
E ser amada...
Quando a culpa
De ser gente
For tomada
E enforcada em praça Publica.
Quando eu puder falar
De meus sentimentos
E não for zombado;
Quando eu puder dizer
Das coisas que gosto
E não ser julgado....
Quando puder olhar
Para alguém e esse
Me reconhecer como
Outro alguém e isso
Ir de ir lar em lar.
De cidade em cidade,
vilas e fazendas
Até o medo de ser
Alguém acabar...
Quando todos se olharem
E se verem tão frágeis
E pequenos,
E todas as coisas deveras
Importantes aparecer...
Quando a beleza estonteate
Da vida poder ser vista
E guardada, algo
De novo vai aparecer...