conviver

Quando minha gente

Estiver de barriga cheia

Quando toda criança

Puder rir, amar, brincar

E ser amada...

Quando a culpa

De ser gente

For tomada

E enforcada em praça Publica.

Quando eu puder falar

De meus sentimentos

E não for zombado;

Quando eu puder dizer

Das coisas que gosto

E não ser julgado....

Quando puder olhar

Para alguém e esse

Me reconhecer como

Outro alguém e isso

Ir de ir lar em lar.

De cidade em cidade,

vilas e fazendas

Até o medo de ser

Alguém acabar...

Quando todos se olharem

E se verem tão frágeis

E pequenos,

E todas as coisas deveras

Importantes aparecer...

Quando a beleza estonteate

Da vida poder ser vista

E guardada, algo

De novo vai aparecer...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 28/05/2012
Código do texto: T3692130