CANTO 06
Para Rivail
Ah! Meu filhinho, como eu gostaria de tecer, com os meus próprios dedos, no humilde tear da nossa vida, o manto bordado de felicidade, para colocar sobre teus ombros!
E tu és tão indefeso ainda, meu filho!
Como eu queria para ti, toda a liberdade das vagas do mar e o perfume das rosas floridas da primavera!...
Mais és tão indiferente... Oh! Rivail, como eu desejo que os Espíritos benfeitores do universo ti assistam na tua caminhada, durante a presente reencarnação!
Oh! Meu querido menininho, como eu desejo dar-te os mais sofisticados brinquedos, embora, pouca coisa tenha condições de oferecer-te. Brinquedos multicores, como as borboletas esvoa- cantes da mata virgem.
Tu és tão pequenino, na tua inocência destróis tudo!...
Oh! Riva! Como eu seria feliz se pudesse te dar o amor mais puro, que torna o homem ditoso neste mundo!...
E muito mais estás a me pedir constantemente.
Oh! Meu filho, que possas cultivar a humildade a vestir a túnica lirial da fé e renunciar a todo o fausto do mundo, para compreenderes e viveres os ensinamentos do Rei Solar!...
E, da extrema mendicância nossa, terás todos os tesouros que teu pobre pai não te pode oferecer!...