CANTO 06

Para Rivail

Ah! Meu filhinho, como eu gostaria de tecer, com os meus próprios dedos, no humilde tear da nossa vida, o manto bordado de felicidade, para colocar sobre teus ombros!

E tu és tão indefeso ainda, meu filho!

Como eu queria para ti, toda a liberdade das vagas do mar e o perfume das rosas floridas da primavera!...

Mais és tão indiferente... Oh! Rivail, como eu desejo que os Espíritos benfeitores do universo ti assistam na tua caminhada, durante a presente reencarnação!

Oh! Meu querido menininho, como eu desejo dar-te os mais sofisticados brinquedos, embora, pouca coisa tenha condições de oferecer-te. Brinquedos multicores, como as borboletas esvoa- cantes da mata virgem.

Tu és tão pequenino, na tua inocência destróis tudo!...

Oh! Riva! Como eu seria feliz se pudesse te dar o amor mais puro, que torna o homem ditoso neste mundo!...

E muito mais estás a me pedir constantemente.

Oh! Meu filho, que possas cultivar a humildade a vestir a túnica lirial da fé e renunciar a todo o fausto do mundo, para compreenderes e viveres os ensinamentos do Rei Solar!...

E, da extrema mendicância nossa, terás todos os tesouros que teu pobre pai não te pode oferecer!...

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 28/05/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3691714
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