Poesia de Bolso 63 ( Do Amor )
Não escrevas sobre o amor
Porque o amor é cego
E de tato analfabeto
Nem fales do amor
Porque palavras ao vento
Prenunciam tempestades
De indecisas bonanças
Para imprevistos recomeços
A linguagem do amor
Não está nos léxicos
É plexo de todas as vertentes
Incluído aí os abismos
De vertigens labirínticas
Não escrevas sobre o amor
Que sendo coisa de pele
Se arrisca ao risco
Da indomável cicatriz
Como giz que não se apaga.