Impontualidade
Arrecado minha porção do instante
Meu pensamento transtornado
Subsiste ...
Ardo pela hora vaga
Véspera de qualquer nada
No corpo de um poema
Proscrito
Proíbo a permeabilidade
Do começo
Atravesso a mão do súbito
Cair da tarde
Crepúsculo confesso meu ruído
Tudo em mim pulsa um tanto de alarde
Insalubre silêncio de minha hora madre
A tudo cabe e deixa-se esvair
Desentendo o tempo que me invade
Pela áspera ampullheta de existir