Organismo Grego

Os espinhos que ferem minha derme

Singram de volúpia meu cárdio,

Parecem indiferentes ao escárnio

Que vomito hediondo em minha verve.

A ite homicida que enferma meu gástrico

Umedece os pneumatós que respiram impuros,

Os gases nocivos conscientemente desvinculo

Para que não sejam salvos por órgãos de plástico.

Pelo hematós correm leucos suicidas

Que deletam os nefros na extensa avenida

De um organismo indigente e sem cor...

No tom gutural em que suplico socorro

Uma escoliose auricular retruca que morro

Sem o resgate cefálico e umbilical do amor!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 27/05/2012
Código do texto: T3690870
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