Organismo Grego
Os espinhos que ferem minha derme
Singram de volúpia meu cárdio,
Parecem indiferentes ao escárnio
Que vomito hediondo em minha verve.
A ite homicida que enferma meu gástrico
Umedece os pneumatós que respiram impuros,
Os gases nocivos conscientemente desvinculo
Para que não sejam salvos por órgãos de plástico.
Pelo hematós correm leucos suicidas
Que deletam os nefros na extensa avenida
De um organismo indigente e sem cor...
No tom gutural em que suplico socorro
Uma escoliose auricular retruca que morro
Sem o resgate cefálico e umbilical do amor!