CANTO 02
Debruçado em soledade, na janela da angustia, senti-me esquecido!
O amor passara correndo, na cabana do meu coração, com força de tempestade, e despedaçara as rosas rubras dos meus sonhos.
O frágil e translúcido cristal da minha esperança espatifou-se no chão!
Nem uma réstia de luz, nem um pingo do orvalho da amplidão!
Silêncio e solidão ao meu redor!
Em desespero, e mortalmente ferido pela lâmina traiçoeira da amargura, fiquei sem carinho, terrivelmente só, carpindo minha solidão.
Quedei-me emudecido, como o mais infortunado amante do mundo!