Temor

H. Amador

Nem na pauta onde gravei meu sonho,

Nem na sinfonia onde cantei o teu nome,

Encontrei o argumento, solene e rizonho,

Para explicar este temor que me consome.

Na penumbra do meu ego adormecido,

Ecoam recordações, pálidas, frementes,

Como o grito de um pássaro ferido,

Como gemidos de almas penitentes.

Esta amizade que nos une fielmente,

Pura e santa que de nossas almas evola,

É a presença de Deus, suavemente

Que em todos os momentos nos consola.

E nas amarguras da vida, no presente,

Meu pobre coração, de dor se estiola.

Santa Luz, l3 08.94..

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 26/05/2012
Código do texto: T3688444
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