OLHARES

Olhares esquecidos em devaneios

perdidos nas lembranças,

olhares cobertos de receios

outros tantos abandonados

pelas portas da esperança

São tantos olhares sofredores,

tristes, toscos, abandonados,

contudo se desdobram em amores

olhares que não se enganam

embora sejam desesperados

Olhares sobretudo encorajadores

viajando com as borboletas

que, em sorrisos, buscam nos jardins

em meio a muitos dissabores

o ar perfumado das flores

Alguns olhares, enfurecidos,

como poderosas feras se devoram,

porém diversos, enamorados,

quase num ritual religioso

como que, felizes, se adoram

Olhares fugidios, fugazes.

já outros em grande número

se comprazem em se expressar

e são de fato tão expressivos

que se tornam loquazes.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/05/2012
Código do texto: T3688277
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