O medo protagonista
Fechem as portas
Mas não me tranquem diante do medo
Já me basta olhar a fotografia
E suportar o peso da interrogação que surge quando penso se posso superar esse amor.
Não me olhem mais com esse olhares sofridos
Nem mesmo suas vozes me assustam mais
O terror de amar sem ser amada superou o filme de vocês.
Onde a fúria contracenava com a dúvida
E a graça formava par romântico com o vento
E quando o vento se perdia a graça o acompanhava.
Esse novo filme é o exemplo mais rico das trevas
O maior pedaço do desespero
A mais turpe fração de tensão
De tão triste, contagia
De tão forte, destrói
De tão fúnebre, fere...
O mais impetulante filme de terror
Onde somente o medo é protagonista
E desestabiliza o fato desse ator trabalhar tão bem como vilão e confundir tanto como mocinho.
E o que intensamente incomoda
São os tantos papéis que o medo pode exercer ao mesmo tempo.