HIPOCRISIA

O teu perfume exalou no meu ciúme,

e como era de costume

tive que abdicar.

Tua alegria incrustou-se em meu desejo

na ausência do teu beijo,

reivindiquei teu olhar.

Minha presença inundou a tua alma

mas sufocou tua calma,

como houvera de saber?

Nos afogamos num mar de hipocrisia,

mas também de que valia

nossa forma de amar?

Agora choro rebelado pelos cantos,

procurando teus encantos,

abraçado à solidão,

na esperança de que batas à minha porta,

mas tua consciência aborta

quaisquer formas de ilusão.

Saulo Campos – Itabira

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 25/05/2012
Código do texto: T3687107
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