VERSOS DOLOROSOS.

H. Amador.

Chove lá fora! A noite é tão fria!

Na angustia estampada no meu rosto,

Identifico cruel e profunda agonia,

Do meu desespero e do meu desgosto.

De homem só me resta a aparência,

Embora muita esperança ainda tenha,

De suportar esta mísera existência,

Até, que, por misericórdia a morte venha.

É tão terrível é tão triste e doloroso,

Quando o silêncio prepotente e majestoso,

Povoa a noite em sepulcral e negra solidão.

Meu peito suspira e minha alma chora,

Como eu queria ter você, comigo agora,

Senhora desta dor e do meu sofrido coração.

Estes versos nasceram duma inescurecível ocasião,

quando minha idiossincrasia num êxtase monumental,

genuflectida na mais incontida adoração,convergia para

a diva dos meu sonhos e anelos, pensamentos de ternura

e de amor.

Santa Luz, 23. 05. 200 – 22.26 h.