Lágrimas

Sinto-as presas em meu coração, como passarinhos em gaiolas

E quando a música certa toca, todos os ferrolhos são liberados

Elas rolam soltas pelo rosto como andorinhas pelo ar

Quando o choro termina, elas me acalmam, me entorpecem, me fatigam

Acabo por fechar os olhos e sonhar

Imagens fracas, confusas, que revelam o interior do meu ser

Quando volto a mim, percebo que não foi tudo em vão

Que apesar da dor, que apesar do sofrimento

Não apagaria nenhum desses momentos

Eles são parte do que me tornei, por muitos deles me moldei

E com certeza aprendi, cresci, vivi!

Por certo que sofremos, choramos, brigamos

Mas o mais importante,

Ainda que por vezes pareça insuficiente:

Vivemos!!

(2004)

Lídia Almeida
Enviado por Lídia Almeida em 25/05/2012
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