SABOR DE POEMA...
Busque para ti
todo verso que
há em mim
para nascer...
Sinta nas carnes
a força atrevida
que há no termo
não proferido!
E caçoe do
poema que
insiste em
não nascer.
Corte de faca
o azedume
e a acidez.
Faça com
que o poema
comece a berrar...
Depois feche
os olhos e
saboreie o
poema que
preparaste
com os teus
temperos e dotes!
Deguste-o
calmamente
que ele libera
todo o sabor
conservado
por séculos.
Este é o prêmio!