Olodumkraftwerk




We are the robots, 
em nossa toupeirice tão tropicanalha.
Vamos depredar as ladeiras centenárias,
com nossas pernas que desobedecem,
e nossas vogais tão sexy e safadas.
We are the robots,
e a repetição é a alma da hipnose.
Mas temos sinapses cibernéticas,
não temos consciência, nem posses.
E continuamos subindo a ladeira,
jogando a bundinha pra lá,
jogando a bundinha pra cá.
Corpo de metal, e desenhos naif,
feitos por broxas de nativos fluorescentes...
é essa macumba hytech,
é essa micareta full HD.
É tudo luxo e pulso eletromagnético,
no carnaval fora de hora.....de Marte....
Tem até um Castro Alves de plasma,
plantado na praça com um estandarte.
Ele diz: "Salvem a cultura selvagem".
Mas que selvagens? We are the robots.

Tanga de metal é roupa?
Não sei mas não tem pecado,
pois robôs são como anjos, puro recato...
E abaixo do equador....de marte,
ser humano é fora de moda,
pois as bundas estão sempre caídas,
e os esfincteres, relaxados.


Se for preciso, colocaremos casacas...
e vamos reger Os mestres cantores do fiofó do mundo.
Mas nós estamos programados para carnavalizar.
E todos sambam, com suas virilhas sintéticas,
na cara otária dos gringos artificiais.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 24/05/2012
Reeditado em 24/05/2012
Código do texto: T3686204
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