Pintura Intíma
Nesses lençóis se derrama pecado
Nesse quarto escuro não existe pudor
O amor desregrado, levado ao último
Se transforma em melodia sem querer
Quando um homem e uma mulher
Se entregam mutuamente, Deus tem inveja
De ter criado seres tão ímpares
Que afrontam até o narcisismo angelical
Nos tranformamos quando amamos
E viramos fotografias de paraíso
Presos a corpos, mas com almas livres e perigosas
O amor nos mata, e nos da prazer
Pintamos quadros, e depois nos observamos
Puro egoísmo, escrevemos com sangue o proibido
Devassos, românticos, poetas, e loucos
Nos pintamos, estando nus do que é fútil