Pintura Intíma

Nesses lençóis se derrama pecado

Nesse quarto escuro não existe pudor

O amor desregrado, levado ao último

Se transforma em melodia sem querer

Quando um homem e uma mulher

Se entregam mutuamente, Deus tem inveja

De ter criado seres tão ímpares

Que afrontam até o narcisismo angelical

Nos tranformamos quando amamos

E viramos fotografias de paraíso

Presos a corpos, mas com almas livres e perigosas

O amor nos mata, e nos da prazer

Pintamos quadros, e depois nos observamos

Puro egoísmo, escrevemos com sangue o proibido

Devassos, românticos, poetas, e loucos

Nos pintamos, estando nus do que é fútil

Anderson Gomes dos Santos
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 24/05/2012
Reeditado em 24/05/2012
Código do texto: T3686130