Absinto
Sinto-me em meio ao absinto
No ritmo de uma pluma cadente
Que oscila nauseante pelo ar
Melancolia sombreia minha mente
Tal qual nevoeiro denso e insolúvel
Que impede-me de suicida guerrear
É uma chama apagada que me queima
Feito banho gélido e ininterrupto
Insosso é o meu sorriso mais veemente
Não há morte que reviva tal júbilo
Irrequieto em meio a minha contrição
Deito-me sobre os espinhos róseos
Para que possa ouvir teu coração
Lamuriar por aquilo não detenho
Depressa, fujo dessa depressão
E me abraço injetando os resquícios desse veneno.