A mulata do posto 5
Do alto do Posto 5
Duas pernas
Carrega um sorriso.
É a simpatia da mulata
Atrevida.
União da vida e da morte
Naquela cintura africana
Que aprendeu a andar
Em alguma vida de muita
Malvadeza...
]
Para a cada assobio
Quer ver de onde veio.
“A alguns, um agradecimento,
um gostar sem palavras!
A outros, menos perto
do seu gosto, uma ingratidão! ”
Se não caber em si
Não serve.
Cada cumbuca seu cordinha
De sisal.
A palavra tem dono.
Ela é quem manda!
E quem disse que coração
Não é interesseiro!
Sua casa é longe
E milhões de amores
Vão surgir,
As calçadas vão cobrir
Seu corpo de rosas
E o sol rir disso tudo!
Sabe que tem o que tem...
Que poder!
A barraca de coco pára.
Tem coragem?
Não tenho é sorte!
Responde o turista,
Que mesmo azarado
Ainda tem olhos de perguntador....
Moça, aquele homem
Está te chamando!
Se enxerga moleque!
E o morro se aproxima
E sua vida se anima
Mais tarde tem festa.
E as outras mulheres
Sem a mesma vida lhe
Rondando, lamenta
Não ter encontrado
Sua própria mulher!