Tome tempo

E o tempo?

Essa criança louca,

Que bagunça e deixa fora de órbita.

Que junta, depois espalha.

Corta feito fio de navalha,

A carne daqueles que esperam.

Tantos minutos

Quero ser o primeiro,

Dos segundos desvairados,

Antônimos de qualquer lógica,

Que coisa qualquer confunde,

Sem saber se fica, se passa.

Ou expande.

O tempo?

Esse cavalo doido,

Marchando em desvario,

Alimenta-se de si mesmo,

Em orgasmos do próprio cio.

Corre louco e nunca volta.

E você não sabe quando existiu.

Dorme minha criança louca,

Deita aqui perto de mim.

Deixa a vida correr solta.

Encerra essa etapa,

Já já começa outra.

Kaike Lamoso
Enviado por Kaike Lamoso em 24/05/2012
Código do texto: T3685749
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