Metamorfose
De repente o broto abriu
Numa manhã de neblina
Em meio aos espinhos
Na folha o orvalho refletia
Uma bela rosa vermelha
Que meigamente surgia.
Aos poucos a meiga rosinha
Transformava-se numa rosa ousada
Seus lábios intensos, carmim aveludado
Bela flor, repleta de espinhos
Exalava sublime aroma
Um dia passou e mais outro seguia
A formosa flor que outrora nascia
Começava a fanar e morria
Triste destino de tempo implacável
Das belas florzinhas
Que o tempo transforma
Em tão curto caminho
Mas, ainda assim alegram
Todas as românticas poetisas
Meninas formosas
Que como as rosas
O tempo desenha.