Na vida ei de caber

O dia amanhecera belo

E eu, desconjunturada

O corpo em uma aversão a si mesmo

Com o frio que entrecortava a linha tênue do meu ser

Pasmei, ao ver-me no espelho

Havia algo que não agradava

Meu corpo parecia meio ermo

Minha mente, cataclismica de se ver

Abri os olhos, e ao olhar novamente, havia um elo

Algo mudara minha compostura

Vi dois olhos que se puseram estafermos

Ao ver um dia translúcido de viver.

Senti um arrepio que alvoroçou os pelos

Enfim, sentindo emoção, porventura

Os pensamentos chegaram a um termo

Que na vida ainda ei de caber.

Karen Triacca 22-05-2012