Cassiopéia





Arranca minha face da antiguidade...
não são dentes, brilham as estrelas.
Sempre brilha-se de algum lado,
estando no palco, ou no meio do nada.

Não limitam-se as palavras criadas,
pois mesmo domadas, adestradas,
escapam pelas dobras da boca falsa,
na barra mais ao norte da cova rasa.

Todos que podem vão a Hollywood...
Não indo-se, masturba-se para as estrelas.
Via láctea de onanismo em meio a aurora,
feita de desejos e ilusões de quem chora.

No fim de todas as perdas e porradas,
de todos os reis e lords manipuláveis,
quem se ferra é o herói que não fugiu,
e a tola Andrômeda acorrentada.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 21/05/2012
Código do texto: T3680371
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