Cara de merda
A felicidade
Ficou nua
E de longe
A gente via
Seu corpo como era fragio
Já era uma senhora.
Entristecida de tantas
Vezes, ter-lhe obrigado
A se encaixar em situações.
Rosto envelhecido, um cansaço,
Um desânimo. Dizia que só
Podia cumprir seu papel
Quando ninguém estivesse
Lhe vendo. Lhe forçando
Corrompendo. A felicidade
Estava acabada, pois o amor
Base da sua existência,
Havia partido. Nesse momento
As diferenças não eram
Mais respeitadas. O amor
Sabia lidar bem com isso.
A felicidade perdeu
Seu parceiro, amigo
Que lhe fazia interface
Com o mundo. Agora tendo
Que se preocupar com coisas
Que não sabe, seu rosto
Enfarado de tudo, mesmo
Que não queira, aparece
Na cara dos apaixonados,
Que hoje tem cara de merda.