Doce Moleca Menina,
Menina Doce Mulher...
Não te vi nascer
Nem ao menos crescer
Mais teu perfil
Rebelde peralta
Atropela pelas margens
Ou pelas beiras um
Anjo chamado você...
Portões e cadeados
Não lhe trancava a rua.
Descalça e em brigas
De tabas levava
E dava as suas...
Em solar, vias...
Papagaios, pipas,
Bola de gude e pião,
Amarelinha, pique
Ou queimadas,
Muro pulava ou vazavas!...
Doce moleca menina...
Da infância trouxeste
A leveza, esperteza,
Meiguice e pureza...
Em teu olhar
Um brilho lhe resta
A certeza menina beleza
Menina mulher!...
Doce moleca menina...
Passos elegante
Deixam-te Fagueira,
Ligeira e atraente mulher.
Do ângulo da tua
Substancia física
Ou facial tornaste
Prima facie, latente e
Exuberante mulher!...
Doce moleca menina...
Não deixes hoje
Esfacelar teu peito.
O teu pranto calado
Sofrido, doido relaxam
Teus traços de beleza
Contida!...
Exprima em exercícios
Físico os músculos de
Teu rosto angelical.
Sorria sempre!...
Doce moleca menina...
Não esta tão distante
O teu doce encanto
Que da infância trouxestes
Para este mundo
Aparentemente irreal...
Sorria sempre,
Doce moleca menina,
Menina mulher fatal!...
Francisco Rangel
Russas, 16 de março de 2000