O AMOR QUANDO ME QUER
O amor quando me quer
Se veste de pureza
Num sorriso de mulher
O amor quando me quer
Quer me ver sempre de bom humor
Mesmo numa segunda-feira
Conversando fiado com o cobrador
O amor quando me quer
Há de me aturar
Tantas horas seguidas
E outras para sempre
Até meu porre acabar
O amor quando não mais querer
Me verá chegando como sempre tarde da noite
Acompanhado de viola e lua
E com o último traçado desenharei
Tuas curvas perfeitas
Que o orvalho há de apagar pelas calçadas
Já sem a tinta do sentimento
Desbotado de recordação;
E quando eu por acaso tropeçar de novo,
Na pedra, no toco, no poste ou no povo
Me lembrarei pelos caminhos
Cansado e contente, que chegarei cantando
No coração do amor quando me quer.
Poema extraído do meu livro "É POR ESSAS E OUTRAS
QUE PRECISO CANTAR" de 1998, especialmente reeditado
para ser oferecido à grande poetisa LUCIAH LOPEZ
CONSTANTINO GRIGÓRIO BARUC - 20/05/2012