Um outono qualquer

Faço do meu papel minha tela.

Do lápis, o pincel

Das palavras as cores...

Na tela meus versos em tons que varia...

Cores quentes, cores frias...

Versos que vão se definidos em tons cinza

Trazendo o inverno para a poesia...

Fechando a porta do verão; do coração

Sem alegria, que espera com a primavera

O despertar das flores com suas cores vivas!

Enquanto não chega a primavera, o outono

É vento, ventania, espantando a alegria,

Desbotando olhares, enfraquecendo desejos,

Desnudando a esperança, arrancando querer;

Atirando-os ao vento que os leva juntamente

Com as folhas secas de um outono qualquer...

Ednamariapessoa

Natal-RN, sexta-feira, 27 de abril de 2012