Silêncio.
Silêncio excessivo, amplo e mudo,
Na eterna solidão desta agonia,
Calado ficas, sem dizeres palavra,
A velar no meu peito noite e dia.
Silêncio! Teu silêncio é tão profundo!
No retiro sepulcral da minha dor.
Silêncio! Tu me aterras tu me apavoras,
Tu enches minha alma de horror.
Soa sequer num suspiro escasso,
Para que teu eco, eu ouça no espaço,
E possa esta solidão amenizar.
Silêncio! Não me deixes tão sozinho!
Silêncio! Por favor, fala baixinho,
Não fiques tão calado a me escutar! ...
Santa Luz, 27.05.65.