A inocência do poeta



 
Às vezes os poetas pecam por extrema ingenuidade.
Imaginam  que  versos de amor conquistam uma mulher.
Não desconfiam que o amor não está nas pobre palavras.
Elas até ganham grande sentido,  quando já se possui o amor!
O amor vem antes da poesia e não depois,
simplesmente porque amar vem de dentro da pessoa,
Independente das palavras,  surge quase sem  querer.
O amor se instala e estala  de repente no coração da gente.
Explode no coração sem que saibamos a razão
O amor pertence ao imponderável!
A vontade, a razão,  o mais estupendo poema nada conseguem.
Amar é sentir a embriaguez, a ardência, a palpitação inexplicável  no peito,
que não podemos segurar nem impedir, o amor  vem e afunda em nosso ser!
Não adianta reclamar, não gostar, porque a mulher que ama
correrá,  deslizará, para aquele a quem a chama do amor a despertou.
É irresistível, irremediável, intransferível, ninguém segura, nem a poesia
A amada olha para os lados, lê o poema insosso,  mas se joga nos braços
daquele que nem se preocupou em lhe fazer festas,
 que a  acolhe  como uma flor, com apenas um sorriso nos lábios...
 


                         Nota: A noite chega e eu  ainda muito emocionado, chorei muito com as homenagens maravilhosas que recebi, hoje, pelos meus 500 textos. Assim, como sou ansioso, quero logo retribuir um pouco que seja do que recebi tão graciosamente. E publico um poema de alerta para um eventual poeta inocente...
                         Amanhã,  prosseguirei agradecendo e irei nas escrivaninhas de todos os amigos e amigas.
                         Publicarei também os acrósticos lindos que ganhei. Um da nossa poetisa-maior, ANA FLOR DO LÁCIO.  E  o outro deste maravilhoso português JCOELHO, que é um verdadeiro gentleman.  A Ana também é portuguesa, mas não sei o porquê, só consigo vê-la como brasileira.   Gilberto Dantas