incertezas
a morte é certa, a vida é incerta,
no horizonte do infinito um alerta,
não se tem nada querendo tudo,
entre as facetas, uma descoberta,
está tudo confuso na mente aberta,
como o silencio d’um carrasco mudo!
idas e vindas em corpo desnudo,
forjado em sonhos como escudo,
já não pára no limite, segue além,
sobe à tona, num lampejo raçudo,
passa por tudo, semblante sisudo,
arrebata o mundo sem ver aquém!
portas abertas para o mundo dalém,
vagando sombrio sem ver ninguém,
a estrada é longa mas mesmo assim,
faz-se de tolo, como da vida refém,
sem saber porque e nem de quem,
um salto no escuro, um pulo sem fim!
um revés que vez por outra é um sim,
nem que seja por acaso um motim,
assim mesmo só uma coisa é certa,
sem saber o que é ser bom ou ruim,
a vida é isso, um imenso estopim,
a morte é certa, a vida é incerta!
a morte é certa, a vida é incerta,
no horizonte do infinito um alerta,
não se tem nada querendo tudo,
entre as facetas, uma descoberta,
está tudo confuso na mente aberta,
como o silencio d’um carrasco mudo!
idas e vindas em corpo desnudo,
forjado em sonhos como escudo,
já não pára no limite, segue além,
sobe à tona, num lampejo raçudo,
passa por tudo, semblante sisudo,
arrebata o mundo sem ver aquém!
portas abertas para o mundo dalém,
vagando sombrio sem ver ninguém,
a estrada é longa mas mesmo assim,
faz-se de tolo, como da vida refém,
sem saber porque e nem de quem,
um salto no escuro, um pulo sem fim!
um revés que vez por outra é um sim,
nem que seja por acaso um motim,
assim mesmo só uma coisa é certa,
sem saber o que é ser bom ou ruim,
a vida é isso, um imenso estopim,
a morte é certa, a vida é incerta!