Sonata pós Schoenberg
Cumpre-se o transformado,
velho demais para suportar .
Diga você sobre a tarde que condena,
o que de normal está à própria sorte.
E minha marcha heroica e horrenda,
guarda em algum lugar do peito,
tudo de muito velho que irá me matar.
Me fará abandonar a tarde numa escrivaninha,
sonhando com céus tranfigurados
e lamentos evaporados.
Sem retorno, sem eco,
canta-se por toda Firenze,
até a esplêndida ruína do castelo,
o mercador de toda a gente,
que parte para nenhum lugar,
só porque ficar,
é suportar o vazio.
São os termos da equação.
Nenhuma história ou música inventada.
Coleção de recortes de ferimentos antigos,
expostos sobre o piano de uma sala.
Pulso, espasmo....retalhos e plágios,
de Puccini a meu extrato bancário.