Visão alucinante
Certo dia sentado na poltrona, mas a televisão não via nem ouvia.
Pois a tua imagem na minha mente incrustada não saia
Desliguei o aparelho na tentativa de fugir desta miragem
Foi tudo em vão, pois esta fixação teimava e insistia
Tive a sensação de que no momento estava preso numa carceragem.
Há anos carrego comigo sem vontade própria este pesadelo
Por mais que peço ao Criador um alívio imediato
Ai é que aumenta meu calvário, se é que posso assim dizê-lo
Creio chegar ao fim da vida esquivando como um gato
E ainda assim mesmo, te vendo a toda hora todo instante, que chato.
Perdoe por não poder revelar a quem quer que seja
O que vejo, que tanto me alucina.
É um amor impossível, oculto no subconsciente para que ninguém veja.
Mas certo estou que esta é a minha sina
Continuarei com minha visão alucinante, crescendo a alma como você deseja.