O DESISTENTE IDEALISTA
Um alguém que sabia apenas e só amar!
Um alguém que amava por demais
Alguém sem inimigos,
A não ser: “si mesmo”!
Pois esse alguém em si jaz,
Soterrado pelas trevas que o amor traz.
Um alguém que cava sua cova tranqüilo e a esmo!
Uma pérola que deve ser quebrada
Para revelar um misterioso segredo redundante
Por meio de toda sua ansiedade intolerante.
Por meio de todo o seu medo!
Essa é a história de quem apenas ama,
Pois está vazio demais para odiar,
Vazio por demais para se rebelar.
Um alguém digno de pena...
Que aceita a sina.
Um súdito de tudo que “o” assassina.
Alguém tão seguro
Quanto uma triste feição serena.