Entre as estrelas cintilantes
Nada entre nós dizia ser fácil, embora tentássemos
Ainda que a Lua mostrasse diversas vezes o que aconteceria
Eu nunca senti nada tão caloroso, algo que arrebatasse minha alma
E mesmo assim, foi tão doloroso, não é?
Eu realmente pude ter a certeza de que não era a única
A única no mundo que sentisse o vazio de se estar sozinho
Embora eu pudesse tê-la infinitas vezes aos meus braços, te deixei escapar
Aquela que eu tanto amei e acalentei
Eu jurei sobre o silêncio da noite que a protegeria
E pude abraçá-la enquanto meu coração gritava de tanta saudade
Ainda que tentasse renunciar aos meus sentimentos, às minhas inseguranças
Seu sorriso apagou todas as impurezas que acumulei por tanto tempo
Agora, meu amor, o que podemos aproveitar além desse céu carmesim?
Essas lágrimas geladas que caem sobre um rosto ainda mais frio
Em um beijo inocentemente triste, sob os meus últimos anseios
O corpo desvanece entre os meus braços, aqueles com a qual te envolvia
Em meio ao adeus que nunca fora dito, adiado por tantas desventuras
Esse adeus que adormece um passado da qual não esquecerei