Corpo prensado
corpo
havia no centro
da vida
um bêbado
rondando
meus escuros guardados.
Eu corria pra longe da praça,
Onde as coisas vistas
O são, porque são expostas e aparecidas.
Alcançava seu hálito de trópico
Quente os caminhos que
Que eu passava
E suas palavras enfezadas
se espichavam sobre sobre
o que eu desejava.
Na cidade, ao redor de sua entrada
a multidão levantava cartazes
e palavras de ordem contra a corrupção.
Outras praguejava contra a fome
De comida, e mais adiante fazia-se
Manifesto contra a fome de amor,
Onde se comovia o corpo esquálido
Dos pdsa, partido dos sem afeto.
as muralhas que compunha a segurança
do nosso forte, era pichado propaganda
de geladeira, de televisão e de bebidas
caras e telefones irreais.
E fotos de artistas era exposta
aos nossos olhos. E agente via
de cá, perto do real:
o fascinante mundo suspenso
do desejo de não ser.
Uma revolução no olhar se fazia
A cada volta que eu dava no bêbado.
E eu corria e minhas pernas cansadas
E pesadas carregavam o muro sobre
Elas.
Uma família de retirante, sem saber
Das revoluções, comia um pão
Com mortadela e ainda podia ser feliz,
O menino me ofereceu. Comi
E vivi um pouco da sua madureza.