Ocos Rochedos
As ondas nos ocos rochedos,
Vão uma a uma rebentando,
É a fúria do mar tenebroso,
Desvendando seus segredos,
Nas rochas as ondas malhando,
Tornam o mar mais temeroso!
Nas escuras rochas os medos,
No ar trovões relampejando,
Fazem um ambiente receoso,
O terço rezo com os dedos,
À Virgem vou apelando,
O fim deste ensejo tormentoso!
E deu-me a Virgem um sinal,
Para que medo não tivesse,
Uma estrela apareceu,
Amainou o temporal,
O medo se desvanece,
E uma barca me recolheu!