SARAU VIRTUAL

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Como trabalhar com o abstrato desse concreto...

C'a forma toda sem norma desse objeto?

Se fosse barro já seria uma moringa...

Ou uma garrafa pr'eu volta e meia

(nessa de não fugir da peia...)

Bebericar ao rimar com pinga...

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Mas também com a água límpida...

A que lava o fruto

Do diamante bruto que a gente garimpa...

É a mesma do mesmo ribeirão

Onde, no final do serão, a gente se limpa...

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É que andarilho dos Trilhos dos meus Trocadilhos

Só mesmo pela metafórica vertente

Pra dizer do que agrada a gente

(Poeta de um lugar chamado Recanto)

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Faminto desse labirinto de diversidades

Que esconde a eternidade do nosso por enquanto...

(Por isso que eu gosto tanto!)

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Um beijo na face da sua poesia inteira...

Que dure pra sempre essa nossa brincadeira...

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Viva à Morfologia de nossa poesia

À forma simpática de se definir a própria Sintática...

Que se propague por muitos e muitos dias...

A ressonância de tais elegâncias

(que ecoe pela mesma via; na sonora via da Fonologia)

Que se receba de modo tranquilo

Todo e qualquer estilo...

Sob a estilística, plástica e elástica Estilística...

Pra quê tanta física quântica

Se o tudo de Tudo pode ser só uma questão de Semântica!?

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Que toda palavra do mundo (que entre)

Durma semente no solo fecundo desse ventre...

E acorde no tempo ideal

Poesia desse bendito Sarau Virtual...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 17/05/2012
Reeditado em 18/05/2012
Código do texto: T3672287
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