SARAU VIRTUAL
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Como trabalhar com o abstrato desse concreto...
C'a forma toda sem norma desse objeto?
Se fosse barro já seria uma moringa...
Ou uma garrafa pr'eu volta e meia
(nessa de não fugir da peia...)
Bebericar ao rimar com pinga...
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Mas também com a água límpida...
A que lava o fruto
Do diamante bruto que a gente garimpa...
É a mesma do mesmo ribeirão
Onde, no final do serão, a gente se limpa...
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É que andarilho dos Trilhos dos meus Trocadilhos
Só mesmo pela metafórica vertente
Pra dizer do que agrada a gente
(Poeta de um lugar chamado Recanto)
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Faminto desse labirinto de diversidades
Que esconde a eternidade do nosso por enquanto...
(Por isso que eu gosto tanto!)
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Um beijo na face da sua poesia inteira...
Que dure pra sempre essa nossa brincadeira...
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Viva à Morfologia de nossa poesia
À forma simpática de se definir a própria Sintática...
Que se propague por muitos e muitos dias...
A ressonância de tais elegâncias
(que ecoe pela mesma via; na sonora via da Fonologia)
Que se receba de modo tranquilo
Todo e qualquer estilo...
Sob a estilística, plástica e elástica Estilística...
Pra quê tanta física quântica
Se o tudo de Tudo pode ser só uma questão de Semântica!?
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Que toda palavra do mundo (que entre)
Durma semente no solo fecundo desse ventre...
E acorde no tempo ideal
Poesia desse bendito Sarau Virtual...