almas penadas

pratos e copos displicentes

largados sobre a mesa

saudade

tristezas

sentimentos pendentes

incertezas

a noite parece não ter fim

no silencio da casa vazia

lembranças insistentes

vagam soltas sobre mim

almas penadas

invadindo o meu sono

invadindo a madrugada

assombrando os meus sonhos

assustando o meu sossego

por estar confuso

ou por medo

deixo a luz acesa

deixo a agua fria

me escorrer no rosto

desperto

despisto

os maus pensamentos

que ainda me rondeiam

o desgosto

o desejo

as dúvidas contantes

corro até a varanda

e vejo

um começo de sol

se debruçar levemente

sobre um mar calmo

e complacente

esparramado na praia nua

ainda bem

que tudo continua

ainda bem

que tudo continua assim

como era antes

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 16/05/2012
Reeditado em 16/05/2012
Código do texto: T3671678