um homem presente

Ao pé da porta

Sentado com o

Queixo embutido

Nas mãos, João

Olha sua vida

Pregada no chão.

Tem formigas,

Cimento rasgado,

E um grão de feijão,

Tem areia, tem sombra.

E muitos rastros de pão

Tem a marca do tempo

Que lhe mostrou

Seu estado, de estar nesse

Mundo, com o corpo

Quebrado,

João ouve palavras,

Que não Existe no chão, são

Apenas barulhos que nunca

Esteve em mãos, um mundo

Distante, que lhe faz diferente.

Que apesar disso tudo

É um homem presente.

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 16/05/2012
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