TÃO E SÓ

Na solidão virtuosa

Onde sou

O que ninguém entende,

Nem mesmo eu.

Ouço o silencio dos meus gritos

Onde só há eu, só deve haver eu,

Pois todas as vozes são ecos.

Lá, onde eu não me meço,

Onde não peço e me entrego!

Não espero alguém aqui:

Neste lugar sem espaço,

Nesse tempo sem horas!

Venho até aqui,

Onde escrevo

Servido de elixires.

Entoando cânticos mágicos

Em um dialeto

Ainda não inventado...

Chego sempre agora,

Quando tudo vai embora.

Chego bem lá no intimo...

Chego onde todos, e cada um de nós

Somos tão belos e tão sós.

Onde somos tão e só nossos...

Leonardo MirandaAlves
Enviado por Leonardo MirandaAlves em 15/05/2012
Código do texto: T3670142
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