TÃO E SÓ
Na solidão virtuosa
Onde sou
O que ninguém entende,
Nem mesmo eu.
Ouço o silencio dos meus gritos
Onde só há eu, só deve haver eu,
Pois todas as vozes são ecos.
Lá, onde eu não me meço,
Onde não peço e me entrego!
Não espero alguém aqui:
Neste lugar sem espaço,
Nesse tempo sem horas!
Venho até aqui,
Onde escrevo
Servido de elixires.
Entoando cânticos mágicos
Em um dialeto
Ainda não inventado...
Chego sempre agora,
Quando tudo vai embora.
Chego bem lá no intimo...
Chego onde todos, e cada um de nós
Somos tão belos e tão sós.
Onde somos tão e só nossos...