vetido ventado

Viveu a vida

Toda com uma

Bacia na cabeça:

Assim,

Sua vida ficou

Configura

Na minha memória.

Roupas sujas

Descendo ao rio

Pra se refrescar.

Outra forma de falar.

Perninhas de cambito

Cansada, o olho

Refletindo o gosto

Dos pedregulhos

Que pisavam.

E a gente

Via pela janela

De nossa preguiça.

E mesmo doendo

Suportava.

A fome era real

Assim como era

Verdadeira a dor

De existir diante

De coisas que

Não sabe andar

Pra frente.

Ela subia

Mais tarde,

Os olhos ainda

Falavam dela

E a roupa cheirava

Anil e a sol quente.

Uma beleza maior

Vinha de seu vestido

Que era feito pra balançar.

E a gente olhava,

Os zigue-zague

Daqueles dias.