HUMANA RAÇA

Eu, poeta, sentado num banco de praça,

Observando gente que passa:

Passa gente sem graça; gente com pressa;

A bela moça fazendo pirraça;

Um velhinho que está passa ou não passa;

Homem, mulher com olhar de quem caça;

Um bêbado com sua cachaça;

Um casal de namorado, fazendo graça.

Sinto enorme empatia pela humana raça,

Por instante, vivo sua vitória, sua desgraça;

Também sou parte desta raça,

Que, incerta do rumo que traça,... passa.

Conversemos um pouco banco de praça,

A emoção, cheia de traça,

Quer me pregar uma peça.

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 14/05/2012
Código do texto: T3667972
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