Ponte
Amava
Janete quando ela cozinhava seu feijão com arroz.
Amava Janete
quando suas roupas
Estavam limpas
e bem passadas.
Amava muito Janete
Quando enlouquecida,
Entregava-se a ele,
De madrugada a dentro,
Sua uvinha de mel.
Seu coração se repetia
No corpo feito de costelas de Janete,
Quando vestida
Como uma santa,
Guardava uma puta
noturna....
E os olhos do capeta
pousava sobre ele, dizendo:
Que homem de sorte!
Janete .
Janete era uma ponte
que atravessava
uma depressão...