Ponte

Amava

Janete quando ela cozinhava seu feijão com arroz.

Amava Janete

quando suas roupas

Estavam limpas

e bem passadas.

Amava muito Janete

Quando enlouquecida,

Entregava-se a ele,

De madrugada a dentro,

Sua uvinha de mel.

Seu coração se repetia

No corpo feito de costelas de Janete,

Quando vestida

Como uma santa,

Guardava uma puta

noturna....

E os olhos do capeta

pousava sobre ele, dizendo:

Que homem de sorte!

Janete .

Janete era uma ponte

que atravessava

uma depressão...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/05/2012
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