Sobre uma geleira







O que é belo basta para sua própria tristeza,
e o que é desconhecido, se basta em sua angústia.

Nascido, criado, inventado, projetado,
pouco importa quando tudo que é necessário
pertence ao que é apenas imaginado,
e nunca está retido, está em movimento acelerado.

É preciso parar, para que tudo seja acabado.
Seja a vida, seja o impensado.
De certo, somente o tempo passado,
que disse o por quê de para cá
tudo ter sido arrastado.




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Pintura: O mar de gelo de Caspar David Friedrich

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 13/05/2012
Código do texto: T3665874
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