Mãe nossa, que estás no céu!
Bem perto do coração.
Os jardins são tua imagem
Uma violeta oculta, escondida entre as folhas
Hortênsias numerosas
Rosa solene erguida na haste.
A infância ficou longe, numa curva
E até hoje parada, me contempla.
Um canto de ninar
Um riso de criança
Uma palavra
Um choro adulto
Um coração pesado de amor
Uma emoção recolhida...
Mãe...
Cenas e momentos
Os anos e desenganos
É a vida que continua
Como um vitral, só cores,
Porque só a Poesia consegue dizer o indizível.