anel

Não sinto

Nada,

O vento

Se desfez

Em sacola de plástico

E o gosto de sal

Só encontro nas estepes

De coentro.

As asas que faz o verão

Ser alegre, ser generoso

Se ajuntou aos

Pássaros flutuantes,

Que arde ao sabor

Da vida;

E de novo, diante

Do destino: que é

morto e afundado

A rua anda com pernas

De pau.

E a menininha corre

De braços abertos,

Sem saber onde está.

Tudo que tem na sua

Frente é um vazio

De gente e de turnura.

A neblina cai

Nas manhas que temos

Medo....

E chora bonito lagrimas

De algodão..

Algo de bom

Existe nessa terra!

Mas tenho medo

De mudar

E não dar conta

Do inverno rigoroso

Que escondo no meu

bolso esquerdo.

Mas a meninha corre

Corre e corre...

Em algum lugar

Longe ela vai

Acordar...e vai dar

De cara com o Sol

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 12/05/2012
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