anel
Não sinto
Nada,
O vento
Se desfez
Em sacola de plástico
E o gosto de sal
Só encontro nas estepes
De coentro.
As asas que faz o verão
Ser alegre, ser generoso
Se ajuntou aos
Pássaros flutuantes,
Que arde ao sabor
Da vida;
E de novo, diante
Do destino: que é
morto e afundado
A rua anda com pernas
De pau.
E a menininha corre
De braços abertos,
Sem saber onde está.
Tudo que tem na sua
Frente é um vazio
De gente e de turnura.
A neblina cai
Nas manhas que temos
Medo....
E chora bonito lagrimas
De algodão..
Algo de bom
Existe nessa terra!
Mas tenho medo
De mudar
E não dar conta
Do inverno rigoroso
Que escondo no meu
bolso esquerdo.
Mas a meninha corre
Corre e corre...
Em algum lugar
Longe ela vai
Acordar...e vai dar
De cara com o Sol