A escolha de Asmodeu
Sou humano, não sou uma arma.
O esquerdo me obriga palavras,
que eu não gostaria de dizer.
Mas meu corpo virou instrumento
num altar que se esqueceu de Deus.
Por isso o flagelo de uma nação,
por isso estar assentado, logo abaixo
de tudo aquilo que não se deve falar.
Mas nem pelo que reentrou na atmosfera,
sou enfim, objeto de um amor.
Sou apenas a lança que atravessa o peito
do filho daquele que me criou do barro,
e viu a teia que se estendia sobre a terra.