Perdi para mim mesma

Você foi escorregando de minhas mãos,

Não pude me contestar,

E o único modo civilizado de me destruir, é te deixando partir.

Respeito suas decisões,

Entendo sua falta de amor por mim,

Sei que comigo você não verá o sol nascer,

Então choro todas as noites, quando me lembro de que existia o meu eu em você.

Esperarei por uma visita sua, infelizmente a esperança me atormenta,

É desagradável sentir que não há mais ninguém para consolar-me, e compreender meus erros,

Fiquei presa nas minhas frases mal feitas que te machucara,

Tens razão de me querer ver longe,

Não sou um bom precipício pra se jogar de cabeça.

Mordi os dedos para calar a boca do coração

Você pode não acreditar, mas tenho um coração de carne, e ele sentiu tanto,

Você fechou as portas para mim, e não deixou nem se quer uma janela entre aberta.

Bem que vi tudo desmoronando, e eu tentando segurar-me para não cair,

Mas eu já havia caído, e teus braços não estavam em volta de mim,

Sufoco-me com minha própria ignorância

As luzes do mundo se apagaram aos meus olhos.

Eu não preciso lutar contra os outros, pois já derrotei a mim mesma,

Sou um mal para toda civilização,

Até o amor me deixou, Minhas armas estão ao chão

Levantei a bandeira branca, mas não há ninguém do outro lado,

Inexistente foi o momento em que tentei mudar,

Só quis tudo de meu jeito, e agora sofro as conseqüências.

samara jovino
Enviado por samara jovino em 11/05/2012
Código do texto: T3662922
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